Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

EUNICE DE SOUZA
( INDIA )

 

Eunice de Souza (Pune, 1940 — 2017) foi uma poetisa, crítica literária e romancista indiana de língua inglesa. Entre os seus mais notáveis livros de poesia está Mulheres na pintura holandesa (1988).

Início da vida e educação

Eunice de Souza nasceu e cresceu em Pune, numa família católica goesa.[1] Estudou inglês e literatura , obtendo o mestrado na Universidade Marquette[2] em Wisconsin, e PhD pela Universidade de Mumbai. Ela ensinou inglês em St. Xavier College, de Mumbai, e foi chefe do departamento, até a sua recente reforma. Ela estava envolvida no conhecido Festival Literário de Ithaka, organizado na faculdade.

 

Ela também foi envolvida no teatro, como atriz e diretora. Ela começou a escrever romances como Dangerlok em 2001. Ela também escreveu quatro livros infantis.  Para além de poesia e ficção, Eunice de Souza editou diversas antologias e coleções e escreveu uma coluna semanal para o Mumbai Mirror. Sua poesia é também incluída na Antologia de Poesia Contemporânea Indiana (Estados Unidos).

Ela morreu em 29 de julho de 2017.

Livros de Poesias: Poesias

Fix. (1979); Women in Dutch Painting. (1988); Ways of Belonging. (1990); Selected and New Poems. (1994; Learn from the Almond Leaf (Poetrywala, 2016)

Foto e Biografia: wikipedia.org

 

TEXTOS IN ENGLISH  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS 

 

INIMIGO RUMOR – revista de poesia.  Número 11 – 2º SEMESTRE 2001. Editores: Carlito Azevedo,  Augusto Massi.   Rio de Janeiro, RJ:  Viveiros de Castro Editora, 2001.  204  p.   ISSN  415-9767.                                         Ex. bibl. de Antonio Miranda

 

PAHARI PARROTS

I

Not for him the cold swathes
Of pine and mist,
Hook-nosed king of a succulent sky.

In his wire-mesh cage
He gives nothing away.

I buy him on impulse,
He makes my flat his home:
Rubber plants, candles, pencils, plastic
Make a fine confetti…

Princely wastrel of a
Lost kingdom.


II

She peers through latticed windows
at the empty street
the long afternoon broken
only by the squawks of parrots.
The air is humid
But there is no rain.


III

Sometimes we compare notes:
I talk about the parrots
She talks about her children.
She tells me little K cries for effect.
If I get home after dark, I tell her.
They look at me  with sad, reproachful eyes.

At dusk, all three of us and
all three of them
are melancholic.
Both want to sit on her lap.
Both want to sit on my left shoulder.
I smoke and down a vodka.

Soon I´ll be a whiskery old lady
mumbling in my gums
hobbling about
two parrots in my hair.



IV

At the sight of campari the parrots make
Little week-kneed noises.
Toth pulls the glass one way
Tothi the other
Both hang on when I pull
It´s a regular bar-room brawl.


V

Spring, and the trees are translucent.
One can handly tell
leaf from parrot
berries from beak
red splash on wing
from veins that tingle.


VI

Two trees and a garbage heap.
The garbage brings the barbets
The parrots love the peepul tree
There´s a bulbul singing in the Ashoka
Throw in sparrows, crows and mynahas
You have your common city garden
Complete with pandemonium at dawn

The lady on the third floor says
We should cut down the trees
She can´t sleep for the noise.

Lady, you´re a fingernail
Scratching a blackboard.

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Ana Luís Amaral



PAPAGAIOS DE PAHARI


I

 O frio envolve-se de pinheiro
e névoa — mas não para ele,
rei de nariz adunco de um suculento céu.

Na gaiola de arame entrançado
É como um enigma.

Compro-o num impulso.
E ele faz sua a minha casa:
Plantas de borracha, velas, lápis, plástico
Dão belos confetes...

Libertino magnífico de um
Reino perdido.


II

Ela espreita através das gelosias
para a rua vazia
a longa tarde só quebrada
pelos grasnidos dos papagaios.
O ar está húmido
Mas não há chuva.


III

Às vezes comparamos notas:
Eu falo dos papagaios
Ela fala dos filhos.
Diz-me que o K chora para impressionar.
Se chego a casa depois de escurecer, digo-lhe eu,
Eles olham-me com olhos tristes e acusadores.

Quando entardece, todos nós três e
todos eles três
ficam melancólicos.
Querem os dois sentar-se no colo dela.
Querem os dois sentar-se no meu ombro
esquerdo.
Fumo se bebo um vodka.

Não tarda que me torne uma vilhota bêbeda,
resmungando entre dentes
cambaleante,
dois papagaios no cabelo.


IV

Ao verem o campari os papagaios fazem
barulhinhos leves
O Toth puxa o copo para um lado
O Tothi puxa-o pra o outro
Ambos resistem quando eu puxo
E é uma verdadeira rixa de bar.


V

É primavera, as árvores estão translúcidas.
Mal se distingue
fola de papagaio
bagas de bico
mancha vermelha na asa
de veias que vibram.


VI

Duas árvores e um monte de lixo.
O lixo atrai os capitães-do-mato
Os papagaios adoram a fogueira
Há um tordo a cantar na outra árvore
Mais uns pardais, corvos, estorninhos
E está feito o jardim da cidade
Completo com pandemônio ao amanhecer.

A senhora do terceiro andar diz
Que deveríamos deitar as árvores abaixo


Que não consegue dormir com o barulho.


Minha cara, a senhora é uma unha
Arranhando um quadro negro.

 

*

VEJA E LEIA outros poetas do MUNDO em Português  em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/poesiamundialportugues.html

Página publicada em dezembro de 2023

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar